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sábado, 23 de julho de 2011

Desvendando os segredos do texto (Ingedore G. V. Koch) - Resenha

   
Koch (2003) trata das questões relacionadas às concepções de língua, de sujeito, texto, sentido, contexto e dos gêneros discursivos, concepções essas que se mantêm entrelaçadas, tornando difícil conceituá-las isoladamente.
Como ponto de partida, a autora adota e trabalha com a concepção sociointeracional da linguagem, na qual os sujeitos ativos interagem com ações linguísticas, cognitivas e sociais, de maneira dialógica, com o texto, com o contexto e com a língua. Para a Linguística, os textos, como  forma de cognição social,  permitem ao homem organizar o mundo, produzir, preservar e transmitir o saber.
Nessa perspectiva, Koch (2003:13)  parelha língua com o sujeito já que o pressuposto é:  “a concepção de sujeito da linguagem varia de acordo com a concepção de língua que se adote”. Língua e sujeito são indissociáveis, pensar em um é pensar também no outro. Assim, a autora apresenta três posições clássicas com relação ao sujeito, leia-se também língua, texto e sentido, são elas:
1. Predomínio, ou exclusividade, da consciência individual no uso da linguagem. O sujeito da enunciação é responsável pelo sentido. A língua é compreendida como representação do pensamento. Nesse ensejo, o texto é visto como um produto do pensamento, representação mental do autor e cabe ao leitor/ouvinte captar a mensagem. O sujeito emissor é um sujeito ativo, consciente, dono de sua vontade e de suas palavras. Concepção que se coliga com ideologia liberal, em que o sujeito const         rói sua história.
2. Assujeitamento. Se na concepção anterior fala-se de um sujeito de enunciação todo poderoso que é responsável pelo sentido, nessa se desconstrói e se prega a inexistência de sujeitos, visto que “o individuo não é mais dono de seu discurso” (Possenti apud Koch 2003), ele é apenas resultado de uma ideologia e do seu inconsciente. Possenti questiona se esse homem, com a descoberta do inconsciente, “precisa saber o que é para saber o que diz”. Se ele não souber, qualquer ato torna-se inconsciente ou como diz o autor “anula qualquer opção ou ação consciente de sujeitos”. E o autor chega à Análise do Discurso (AD) em que o sujeito pensa ter domínio sobre o que diz, no entanto, uma ideologia que perpassa as relações sociais determina seu discurso. Possenti (apud Koch) critica:

Penso que a AD ganharia se propusesse uma teoria psicológica, na qual o sujeito fosse ‘clivado pelo inconsciente’, mas não fosse reduzido a uma peça que apenas sofre efeitos. Certamente não há domínios em que os sujeitos só sofram efeitos, mas há outros em que sua atuação é demandada e verificável”.
Nessa visão, de língua como código, o texto é um mero instrumento de comunicação e o sujeito é (pre)determinado pelo sistema. Quanto ao sentido, basta que o leitor/ouvinte tenha conhecimento do código para decodificar o texto.
        3. Lugar de Interação. Visão interacional, dialógica, de língua em que os sujeitos são vistos como atores/construtores. O texto passa a ser considerado o próprio lugar da interação. A compreensão e a produção de sentidos não é concebida em uma simples captação de uma representação mental ou decodificação de mensagem e como Koch (2003:17) define “ela é, isto sim, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos (...) que requer um vasto conjunto de saberes (enciclopédia) e sua reconstrução no interior do evento comunicativo”. Desse modo, o sentido de um texto é, como a autora coloca, “construído na interação texto-sujeitos (co-enunciadores)”. E a coerência passa a fazer parte desse contexto,  não cabe mais como “mera propriedade” ou “qualidade do texto”.
A autora cita Dascal pontuando: o modelo criptológico - o sentido está objetivamente no texto, basta descobri-lo; o modelo hermenêutico em que o sentido não esta diretamente no texto, mas o intérprete que busca esse sentido; o modelo pragmático em que o sentido é produzido pelo agente, por meio da ação comunicativa; modelo superpragmático em que o intéprete capta o sentido do falante diretamente, com base na informação contextual e os modelos de estruturas profundas causais em que o sentido é produto de um jogo de forças que subjazem a determinada atividade humana.
Dascal como conceituador desses modelos tem predileção pelo pragmático. Contudo, propõe que os diversos modelos sejam vistos como complementares. Utiliza a metáfora do Iceberg: “ No topo, está o signo a ser interpretado. Abaixo da superfície várias camadas do sentido a ser caçado”.  Koch (2003:18-19) afirma que essa metáfora é útil para a reflexão da leitura e produção de sentido, sobre essa eterna busca de sentido ela fala “o processamento textual quer em termos de produção, quer de compreensão, depende, assim, essencialmente, de uma interação - ainda que latente – entre produtor e interpretador” .
As concepções de sujeito, de língua, de texto e de sentido ‘adotadas’ e defendidas pela autora é a “sociointeracional de linguagem, vista como lugar de interação entre sujeitos sociais, isto é, de sujeitos ativos, empenhados em uma atividade sociocomunicativa”. Essa atividade corresponde a um projeto de dizer, do produtor do texto, e uma participação ativa na construção do sentido, do interpretador.
É apresentado o jogo da linguagem em que, primeiro o produtor/planejador procura viabilizar seu projeto “o dizer” recorrendo a uma série de estratégias de organização textual, depois o texto, organizado estratégicamente de dada forma, em decorrência das escolhas feitas estebelece limites quanto as leituras, por fim o leitor/ouvinte, que a partir do modo como o texto se encontra lhe oferece a interpretação procedendo a construção dos sentidos.
Koch (2003) conclui com a definição de texto indicada por Beaungraunde (apud Koch) em que texto: “evento comunicativo no qual convergem ações linguísticas, cognitivas e sociais”. A concepção da autora é de um evento dialógico de interação entre os sujeitos sociais.
Para apresentar as considerações sobre contexto, mediante variadas concepções de acordo com o momento histórico em que se situam os autores, Koch recorre aos estudos de Malinowski que se referia ao contexto como o intermediário entre a situação e o sistema linguístico.
A autora faz referências a diversos estudiosos do assunto, como Firth, que definindo “contexto social” afirma, por sua vez, que as palavras ou enunciados perdem seus sentidos, quando são pensados fora do contexto em que foram usados. Isso a primeira vista pode parecer simples e secundário para a compreensão textual, contudo é uma colocação significativa, porque envolve a perspectiva dos participantes no momento de efetivação da análise; envolve, também, a forma como se processa a análise realizada.
Com o advento da pragmática, os estudos e a descrição das ações que os usuários realizam com a língua, em situação de interlocução por meio da linguagem, em que determinada cultura, cujas tradições, usos e costumes são valorizados, a concepção de contexto passou por algumas acomodações e o “contexto sociocognitivo” tornou-se reconhecido.
Conforme Koch (2003:24) isto significa que, para que duas ou mais pessoas possam se entender é preciso que seus contextos cognitivos estejam parcialmente semelhantes e, ao menos em parte, compartilhados. E ainda, “a cada momento de interação, esse contexto é alterado e ampliado, obrigando, assim, os parceiros a se ajustarem aos novos contextos que vão originando sucessivamente”.
A autora discute que a análise linguística deve ser feita sem considerar os elementos externos, ou seja, do contexto. Deve-se fazer uma análise de forma que os elementos sejam agrupados com outros elementos. A análise contextual pode facilmente ser encarada como uma espécie de complemento da análise linguística.
A autora se refere a Franchi para discorrer sobre “contexto de situação”. Podemos entender que quando estamos nos referindo a este contexto, devemos levar em consideração o fato de que ele envolve um conjunto de fatores que promovem uma melhor compreensão do uso significativo da linguagem.
A noção de contexto, definida por koch (2003), está relacionada com a estrutura da linguagem, da cultura e da organização social que tem implicações diretas na produção e na compreensão do discurso.
Isto posto, Koch (2003: 37) nos remete aos aspectos cognitivos do processamento textual:

“Um dos princípios básicos da Ciência Cognitiva é que o  homem representa mentalmente o mundo que o cerca de uma maneira específica e que, nessas estruturas da mente, se desenrolam determinados processos de tratamento, que possibilitam atividades cognitivas bastante complexas.”

Concebendo que o cognitivo apresenta-se sob a forma de representações, conhecimentos estabilizados na memória e suas interpretações, e das formas de processamento das informações, processos voltados para a compreensão e a ação, compete distinguir dentro desse processo cognitivo o que é provisório e o que é permanente.
Conforme a autora, postula-se que as informações podem ser retidas na memória de curto termo (MCT), de capacidade limitada ou na memória de longo termo (MLT), onde os conhecimentos podem ser representados de forma permanente. Para a leitura de um texto, as estratégias cognitivas são acionadas, isto é, ocorre o cálculo mental, e assumem a função de facilitar o processamento textual, quer em termos de produção, quer em temos de compreensão. Para que haja compreensão entre os interlocutores é necessário que os aspectos estruturais e processuais  da cognição sejam organizados e ativados.
Se tomarmos como base uma visão sociocognitiva, acreditamos então, que toda e qualquer manifestação de linguagem ocorre no interior de uma cultura, isto é, tradições, usos e costumes, rotinas, ideologias, crencas devem ser obedecidas e perpetuadas. De acordo com Koch (2003), para que duas ou mais pessoas se compreendam mutuamente é necessário que seus contextos cognitivos sejam, pelo menos, parcialmente semelhantes. Ou seja, seus conhecimentos linguísticos, enciclopédicos e interacional, conforme Heinemann & Viehwegwer (apud Koch), devem ser em parte, compartilhados, para que haja o processamento textual.
Conhecimento linguístico abrange o conhecimento gramatical e lexical. Refere-se a organizacao do material linguistico na superficie textual; o uso dos meios coesivos para efetuar a remissão ou sequenciação textual; a selecao lexical adequada ao tema ou aos modelos cognitivos ativados.
Conhecimento enciclopédico ou conhecimento de mundo corresponde ao crescimento marginal do conhecimento de uma pessoa à cerca do mundo real, por interpretação semântica dos fenômenos ocorridos, mensagens  ou dados, permitindo a produção de sentidos.
Conhecimento sociointeracional, refere-se às formas de interação por meio da linguagem e engloba os conhecimentos:
a) ilocucional, reconhece os objetivos ou propositos pretendidos pelo produtor do texto, em uma dada situaçãao interacional;
b) comunicacional, diz respeito à: quantidade de informacao necessaria, numa situação comunicativa concreta; seleção da variante linguística adequada a cada situação de interação; adequação do gênero textual a situação comunicativa.
c) metacomunicativo, permite ao leitor assegurar a compreensão do texto e conseguir a aceitação pelo parceiro dos objetivos com que é produzido.
d) superestrutural, refere-se aos esquemas textuais que possibilitam identificar e corresponder um conhecimento específico e colocá-lo em prática.
Koch comenta a importância da competência textual que permite a um falante distinguir um gênero textual de outro, de acordo com sua experiência de mundo ou aprendizado escolar.
       Logo, para compreender a importância dos gêneros textuais para as atividades comunicativas do cotidiano, não basta se deter a aspectos linguísticos e estruturais, uma vez que são mais relevantes os aspectos comunicativos e funcionais. Gêneros não se limitam a formas linguísticas com uma estrutura prédefinida, caracterizam-se como formas de agir sócio-discursivamente em situações comunicativas específicas.
Consequentemente, os gêneros se caracterizam como os textos de realização empírica em situações comunicativas específicas. Atendendo a um propósito comunicativo, os gêneros textuais se constituem como realizações concretas cujas características predominantes são as sócio-comunicativas, que envolvem conteúdo, propriedades funcionais, estilo e composição, no que divergem dos tipos textuais, que se caracterizam por sua natureza linguística.
A autora expõe que os tipos textuais se constituem como sequências definidas por propriedades linguísticas intrínsecas, relacionadas a aspectos lexicais, sintáticos etc. Esses constituintes teóricos abrangem um número limitado de categorias: narração, descrição, argumentação, exposição e injunção; ao passo que os gêneros se configuram como a realização concreta de textos que cumprem uma função comunicativa específica e abrangem um conjunto incomensurável de categorias.
Essa diversidade de gêneros é justificável por sua própria natureza. Como surgem de acordo com as necessidades que se apresentam em cada esfera de atividade humana e, tendo-se em vista que essas esferas também são bastante diversas, apresentando necessidades igualmente diversas, é natural que tenha surgido uma grande variedade de gêneros. De acordo com Koch (2003:54), “sendo as esferas de utilização da língua extremamente heterogêneas, também os gêneros apresentam grande heterogeneidade, incluindo desde o diálogo cotidiano à tese científica”.
Com isso, percebe-se que, em virtude dessa heterogeneidade que os caracterizam, os gêneros textuais realizam desde textos relacionados a atividades cotidianas da vida familiar, como diálogos e cartas, até textos característicos de situações públicas e mais complexas, como conferências e teses científicas. Sobre isso, Bakhtin (apud Koch) esclarece que: não há razão para minimizar a extrema heterogeneidade dos gêneros do discurso e a conseqüente dificuldade quando se trata de definir o caráter genérico do enunciado. Importa, nesse ponto, levar em consideração a diferença essencial existente entre o gênero de discurso primário (simples) e o gênero de discurso secundário (complexo).
Por gêneros primários se compreende aqueles que surgiram em situações de comunicação verbal espontânea. Por sua vez, deve-se compreender por gêneros secundários aqueles que resultam da transmutação dos gêneros primários em virtude do surgimento de situações comunicativas relativamente mais complexas, que geralmente estão relacionadas à escrita. De acordo com essa concepção, Koch (2003: 54) explica a distinção feita por Bakhtin entre os gêneros primários e ossecundários da seguinte maneira:

“enquanto os primeiros (diálogo, carta, situações de interação faca a face) são constituídos em situações de comunicação ligadas a esferas sociais cotidianas de relação humana, os segundos são relacionados a outras esferas, públicas e mais complexas, de interação social, muitas vezes mediadas pela escrita e apresentando uma forma composicional monologizada, absorvendo, pois, e transmutando os gêneros primários.”

Constata-se, assim, que os critérios para definição dos gêneros textuais não se limitam àqueles de ordem linguística e estrutural, ao contrário, estão intrinsecamente relacionados aos aspectos sócio-históricos e culturais das esferas de atividades humanas que lhes dão origem. As atividades são materializadas pelos gêneros, que se constituem como instrumentos utilizados pelos sujeitos para executar uma dada ação mediada pela linguagem, o que está de acordo com a posição defendida por Schneuwly (apud Koch).
Ao nos confrontarmos com alguns tipos de situações em que devemos fazer uso de um ou outro gênero textual, devemos ter a competência de escolher qual usar. Para Koch (2003:55):

“A escolha do gênero é, pois, uma decisão estratégica, que envolve uma confrontação entre os valores atribuídos pelo agente produtor aos parâmetros da situação (mundos físico e sociossubjetivo) e os usos atribuídos aos gêneros do intertexto” .

Na escola, os gêneros deixam de ser ferramentas de comunicação e passam a ser objeto de estudo. Koch cita Schneuwly & Dolz, que identificam três maneiras de abordar o ensino da produção textual. O primeiro diz respeito ao domínio dos gêneros. Eles são estudados isoladamente e devem seguir uma sequência que vai dos mais simples aos mais complexos. O segundo diz que a escola é o lugar onde os processos textuais são mais trabalhados. É lá que se aprende a escrever e a desenvolver todo o tipo de produção textual. Em último lugar, critica a escola dizendo que ela se preocupa em levar ao aluno ao domínio do gênero, tornando impossível pensar numa progressão, visto que há a necessidade de dominar situações dadas, e os alunos se preocupam em dominar as ferramentas necessárias para funcioná-las.
Considerando a linguagem como uma atividade interativa e que conduz a concepção processual da construção do sentido, e que todo texto é constituído por uma proposta de múltiplos sentidos, pode-se afirmar que todo texto é um hipertexto. Para que o leitor possa construir um sentido, que não se dá de maneira linear e sequencial é necessário realizar um constante movimento em variadas direções recorrendo a diversas fontes de informação, textuais e extratextuais.
O hipertexto é uma forma de estruturação textual que permite ao leitor, ser um co-autor do texto, oferecendo-lhe a possibilidade de opção entre caminhos diversificados, de modo a permitir diferentes níveis de desenvolvimento e aprofundamento de um tema. Pensemos  no texto acadêmico, povoado de referências, citações e notas de rodapé, imagens que convoca o leitor a consultar outras leituras, inclusive suspender sua leitura para fazer anotações. Com relação ao hipertexto eletrônico, a diferença consiste apenas na forma e na rapidez do acesso às informações que estão interconectadas – os hiperlinks -  que são os dispositivos agilizados pelos clicks-de-mouse. Como o hipertexto oferece uma multiplicidade de caminhos a seguir, compete ao leitor decidir  qual o fluxo de informações que serão incorporadas em sua trajetória de leitura. Koch (2003:62) afirma que:

Admitindo como certo que não existem textos escritos ou orais, totamente explícitos, e que o texto se constitui de um conjunto de pistas destinadas a orientar o leitor na construção do sentido; e, mais ainda, que para realizar tal construção, ele terá de preencher lacunas, formular hipóteses, testá-las [...] tudo isso por meio de inferenciamentos que exigem a mobilização de seus conhecimentos prévios de todos os tipos, dos conhecimentos pressupostos e partilhados, do conhecimento da situação comunicativa, do gênero textual e de suas exigências, a compreensão terá de dar-se de forma não-linear.”

Assim, Koch defende o ponto de vista de que todo texto é hipertextual pois já carrega em si a possibilidade de realizar leituras multiplas e de gerar uma compreensão de forma não-linear, uma vez que, as informações do texto não são explícitas mas mobilizam uma série de conhecimentos partilhados e prévios dos leitores, fornecendo pistas para o desevendamento dos sentidos do texto.

5 comentários:

Anônimo disse...

Amiga, seu blog está lindo! Não só de aparência mas também de conteúdo, parabéns! Estou muito orgulhosa de você. Lembro-me de quando te conheci e de como você evoluiu ao longo desses anos. Tenho certeza que este é apenas um dos primeiros trabalhos seus que elogio e que muitos outros estão por vir. Sua sempre amiga Paula.

Juliane Moreno disse...

Miguxa
Parabéns!!!! Amamos seu blog e vai nos ser muito útil!!!
Muito sucesso.
Bjk@s

Anônimo disse...

Gostei muito,desse blog
enclusive me serviu por orientação.esse conteúdo informativo,muito bom obrigada!!!
bjs.thaul

Anônimo disse...

parabens, muito bom seu blog!

Karol Freitas disse...

Muito boa essa análise! Parabéns me ajudou muito para o melhor entendimento do capítulo.

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